Belém

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011



ATIVIDADES DO CURSO APRENDENDO E ENSINANDO COM AS TIC
 NÚCLEO TECNOLÓGICO WASHINGTON LUIS BARBOSA-BELÉM-PA
PROFESSOR-ORIENTADOR DILSON AIRES

CURSISTA DACINARA SILVA


                     Desafios e possibilidades da integração de tecnologias ao currículo

Quando se fala em currículo a primeira idéia que surge - e foi a primeira que aprendi - é de certa quantidade de conhecimentos, habilidades e atitudes que deverão ser transmitida aos educandos durante o tempo que estão na escola. Um dicionário da Web ou eletrônico, diz que o ”currículo inclui todas as atividades e experiências que permitem que a criança aprenda”. Atividades que devem ser planeadas no início da cada ano/semestre letivo para atingir determinados objetivos educativos. Nesta concepção de currículo, a “transmissão” dos conhecimentos deve ser feita de forma completa e uniforme. Ou seja, acredita-se que todos os educandos são iguais pois tem, praticamente, a mesma faixa etária e por isso devem “receber” instrução igual, por meio de metodologias semelhantes. Ao final do ano, espera-se que o educandos tenham um desempenho baseado em um padrão de excelência. Ou seja, sua avalição será melhor, se estiver mais próxima deste padrão. Evidentemente que esta concepção de currículo não contempla todas as necessidades do educandos, pois cada criança é única. Ela cresce, se desenvolve e aprende a seu tempo e a seu modo, não seguindo um padrão pré-determinado. Nessa perspectiva, as metodologias de ensino precisam de revisão. A criança deve refletir sobre o que faz, o que sente e o que aprende. Desta forma a aprendizagem deixa de ser um acúmulo de informações e passa a ser um processo de construção do conhecimento. Lendo e analisando o texto “Desafios e possibilidades da integração de tecnologias ao currículo”, tive a oportunidade de relembrar alguns conceitos de minha experiência acadêmica e conhecer outras possibilidades mais atuais para o ensino, ou seja, o que integra a tecnologia ao currículo. Atualmente, com todo o avanço tecnológico, é de fundamental importância que a escola tenha um currículo que favoreça o usa destas tecnologias em prol de atividades e/ou conhecimentos oferecidos aos estudantes. Como exemplo básico de tecnologia atualmente disponível em algumas escolas, temos o computador, que é uma ferramenta educacional que tem se mostrado útil e proveitosa no processo de ensino-aprendizagem. Contudo, é importante ressaltar que as atividades, com a utilização das tecnologias, precisam ser planejadas  visando a integração com as atividades da sala de aula. Evidentemente, que este processo de integração ainda é um grande desafio para muitos educadores, por isso a importância dos mesmos conhecerem mais profundamente o uso das tecnologias integradas ao currículo para, a partir daí, incorporá-las a sua prática.  Daí a importância da formação, que possibilitará conhecer as potencialidades e limitações pedagógicas envolvidas nas diferentes tecnologias, seja o vídeo, a Internet, o datashow, o computador entre outras. O texto cita Almeida e Prado ao dizer que: “a integração entre currículo e tecnologias potencializa mudanças na aprendizagem, no ensino e na gestão da sala de aula”. Surge então, um novo conceito: “design educacional”. No entanto, para que tudo isso aconteça é necessário compreender a concepção de currículo que se queira trabalhar, que tipo de mídias e/ou que tecnologias iremos usar, quais habilidade quer desenvolver e principalmente que metodologias serão usadas para que o trabalho seja executado e os objetivos proposto sejam alcançados. Daí que surgem alguns questionamentos. Como o professor pode desenvolver uma prática pedagógica que integre os conteúdos curriculares às diferentes tecnologias disponíveis nas escolas?  Como possibilidade de responder a estes questionamentos, o texto cita como alternativa o trabalho com projetos: o conceito de projeto implica compatilibilizar aquilo que se deseja de uma nova abordagem de ensino e aprendizagem com a realidade do sistema escolar e com os propósitos da atividade em cena, a qual envolve colocar em ação um plano que antecipa uma realidade que ainda não aconteceu”. Sabemos que isto não é fácil, pois se fosse, hoje não estaríamos mais utilizando em nossas escolas o currículo tradicional. Concluo com um trecho do texto que diz: “esta situação deixa evidente que o saber dizer não garante o saber fazer, pois trata de uma questão que retrata a complexidade do processo de reconstrução da prática”.

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O uso das tecnologias nos processos de ensino e aprendizagem

Por meio da leitura do texto“As sereias do ensino eletrônico” de Paulo Blikstein e Marcelo Knorich Zuffo, percebi que o conceito e a aplicação da tecnologia vem evoluindo e atualmente é, sem dúvida, uma ferramenta imprescindível em todas as áreas de atuação. Na esfera educacional está sendo bastante difundida e é uma grande bandeira dos que planejam a educação nos seus gabinetes.
No momento em que os  autores perguntam “onde está a nova educação” e fazem um paralelo da educação tradicional com a “nova educação”, retrocedi à década de 80 quando entrei para a faculdade no curso de Pedagogia e percebi que os pontos colocados por eles como: busca de educação de qualidade; pedagogia de projetos, não à educação bancária e outros, já eram amplamente discutidos. Conclui que não houveram muitas mudanças. Continua-se discutindo, mas a prática em sala de aula não mudou muito. Ainda reproduzimos o ranço da educação tradicional, onde o aluno é visto como aquele que não sabe nada.
Apesar de todo aparato tecnológico que atualmente as escolas possuem, o acesso a todos ainda é limitado. Fala-se tanto de permitir a inclusão digital a todos, mas ao aluno, principal sujeito do processo, este direito é negado. Então como aceitar o discurso de uma educação que liberte, que transforme, quando direitos básicos não são respeitados.
Me chamou atenção o item que trata sobre “E-educação ou não-educação?”, onde os autores fazem questionamentos sobre os cursos presenciais e os cursos à distância. Realmente, nos últimos tempos   os cursos on-line se proliferaram no Brasil, e sempre me pergunto se podemos “confiar” nesta “nova” forma de educação. Eles afirmam que este tipo de ensino  não é novidade, o que chama a atenção, e concordo com eles, é a massificação da educação. É a constante necessidade de se apropriar de todo o conhecimento possível, para não perder o bonde do progresso e não estar apto às novas exigências do mercado de trabalho.
Acredito sim, que a tecnologia é  muito importante hoje no ambiente escolar. Não se pode mais pensar a escola sem, no mínimo, um computador. Entretanto, não é a única via. Muitas iniciativas inovadoras tiveram êxito, sem necessariamente utilizar a tecnologia de ponta. Entendo que o professor precisa se apropriar desta nova ferramenta, tanto para acompanhar as novas tendências como para auxiliar seus alunos no uso correto dos equipamentos e principalmente, permitir que os mesmos tenham uma aprendizagem significativa. Consequentemente, sua prática pedagógica se renova, se modifica, mas não deve se esgotar no uso das tecnologias.
Para concluir, percebi que o grande incômodo dos autores é em relação ao uso, na educação, da tecnologia pela tecnologia, sem a necessária articulação com a transformação social.
Li uma vez, mais ou menos o seguinte: “o progresso não tem sentido, enquanto houver crianças tristes”.                                                                        

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Projeto "Remexendo no lixo da escola"
 Este projeto foi realizado no 2º semestre do ano de 2009 na E.E. de Ensino Fundamental e Médio Pedro Carneiro. Foi coordenado pelas professoras Lúcia Martins do laboratório de informática e Rosemary Lima da 4ª série e pela coordenadora pedagógica Cíntia Barbosa. A professora Rosistela Oliveira do NTE-Belém-Washington Lopes colaborou efetivamente para a realização do projeto. O projeto foi basicamente desenvolvido com 35 alunos da 4ª série do Ensino Fundamental.
O principal objetivo do projeto foi esclarecer a toda comunidade escolar da importância da coleta seletiva do lixo para a preservação do meio ambiente e posteriormente implantar a coleta seletiva na escola.
Esta atividade permitiu que fossem trabalhados vários conteúdos curriculares com preservação do meio ambiente, desenvolvimento da leitura e escrita, produção de texto, conhecimentos básicos sobre utilização de mídias, entre outros.
O projeto foi desenvolvido basicamente em três etapas a partir de um cronograma de pesquisa e de ações, que abrangeu desde a escolha da equipe de reportagem, pesquisas na internet feitas principalmente na sala de informática e nos demais ambientes, trabalho de campo: observar, coletar e selecionar o lixo produzido na escola pelos alunos, confecção de caixas coloridas, identificando produção de textos, história em quadrinho e criação de um jornal alternativo (fanzine). Foram utilizados vários recursos tecnológicos com computador, impressora, datashow e câmera fotográfica. A avaliação foi processual e apresentou resultados positivos.
A apresentação final do projeto à comunidade escolar foi feita na Mostra cultural da escola, realizada em novembro/2009. O resultado do projeto foi publicado no Blog NTE-BELÉM,
O projeto foi inscrito na Comunidade “Minha Terra 2009 – Aprender e inovar” no Portal do Educarede. Foi confeccionado um banner que atualmente está exposto no NTE-Belém Washington Luis Barbosa